A pedido da directora da Escola Superior de Enfermagem Santa Maria (Porto), elaborei este programa de ANTROPOLOGIA MÉDICA, para ser leccionado num Curso Livre ou Pós-Graduação, mas, devido à mediocridade e maldade de certas professoras enfermeiras, foi chumbado no Conselho Científico - este e outras propostas de Cursos e de pesquisa, com a criação de uma revista e de três centros de pesquisa, um dos quais ligado ao Hospital.
Este programa foi elaborado a partir de dois tratados de antropologia médica, um dos quais é usado como manual em muitos cursos de medicina nos USA.
1. INTRODUÇÃO À ANTROPOLOGIA MÉDICA
1.1. O conceito de cultura
1.2. Métodos de pesquisa em antropologia
1.3. A antropologia médica
1.4. A antropologia médica aplicada
2. DEFINIÇÕES CULTURAIS DE ANATOMIA E FISIOLOGIA
2.1. A imagem do corpo
2.2. Forma, tamanho, vestuário e a parte externa do corpo
2.3. A estrutura interna do corpo
2.4. O funcionamento do corpo
2.5. Equilíbrio e desequilíbrio
2.6. O modelo do corpo como uma «tubulação»
2.7. O organismo visto como uma máquina
2.8. O corpo durante a gravidez
2.9. Crenças sobre o sangue
3. DIETA ALIMENTAR E NUTRIÇÃO
3.1. Classificação dos alimentos
3.2. Alimento versus não-alimento
3.3. Alimento sagrado versus alimento profano
3.4. Classificações paralelas dos alimentos
3.5. O alimento usado como remédio, o remédio usado como alimento
3.6. Alimentos sociais
3.7. Cultura e má nutrição
3.8. Imigrantes e minorias étnicas: alguns problemas de nutrição
3.9. A alimentação dos bebés: uma comparação entre comunidades diferentes
3.10. Mudanças alimentares e doenças da civilização ocidental
3.11. Dieta alimentar e cancro
4. TRATAMENTO E CURA: AS ALTERNATIVAS DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE
4.1. Aspectos culturais e sociais do pluralismo médico
4.2. As três alternativas da assistência à saúde
4.2.1. A alternativa informal
4.2.2. A alternativa popular
4.2.3. O sector profissional
4.3. O sistema médico
4.4. Uma comparação entre sistemas médicos
4.5. A profissão médica
4.6. Redes terapêuticas
4.7. Um exemplo de sistema médico
4.8. A actividade de enfermeiro
4.9. A abrangência do termo «curandeiro»
5. RELAÇÃO MÉDICO-PACIENTE
5.1. A enfermidade (disease): a perspectiva do médico
5.2. A doença (illness): a perspectiva do paciente
5.3. «Adoecer»
5.4. O modelo explicativo
5.5. Doenças populares
5.6. Metáforas das doenças
5.7. Metáforas da SIDA
5.8. Teorias leigas sobre a causalidade das doenças
5.9. O paciente
5.10. O mundo natural
5.11. O mundo social
5.12. O mundo sobrenatural
5.13. Classificação das etiologias das doenças
5.14. A consulta médico-paciente
5.15. Razões para consultar ou não um médico
5.16. A apresentação da doença
5.17. Problemas da consulta médico-paciente
5.17.1. Diferenças na definição de «paciente»
5.17.2. Interpretação errónea da «linguagem do sofrimento» utilizada pelos pacientes
5.17.3. Incompatibilidade entre os modelos explicativos
5.17.4. Enfermidade sem doença
5.17.5. Doenças sem enfermidade
5.17.6. Problemas de terminologia
5.17.7. Problemas do tratamento
5.17.8. O papel do contexto
5.18. A relação médico-paciente: estratégias para o aperfeiçoamento
5.18.1. Compreender a doença
5.18.2. Melhorar a comunicação
5.18.3. Tratar a doença e a enfermidade
5.18.4. Avaliar o papel do contexto
6. GÉNERO E REPRODUÇÃO
6.1. Género e os seus componentes
6.2. As Culturas de género
6.3. Variações entre as culturas de género
6.4. As culturas de género e o comportamento sexual
6.5. As culturas de género e o tratamento de saúde
6.6. A profissão de enfermeira
6.7. A medicalização
6.8. A mulher e a prescrição de drogas psicotrópicas
6.9. A menstruação
6.10. A menopausa
6.11. As culturas de género e a saúde
6.12. Doenças de género
6.13. Doenças do género social feminino
6.14. Reprodução e parto
6.15. A cultura do nascimento ocidental
6.16. O crescimento da obstetrícia hospitalar
6.17. As origens da cultura do nascimento ocidental
6.18. A medicalização do nascimento
6.19. Culturas do nascimento não-ocidentais
6.20. As assistentes tradicionais de parto
6.21. Fertilidade e infertilidade
6.22. Contracepção, aborto e infanticídio
6.23. Os homens e a gravidez
7. DOR E CULTURA
7.1. O comportamento de dor
7.2. A dor privada
7.3. A dor pública
7.4. A apresentação da dor pública
7.5. Aspectos sociais da dor
8. CULTURA E FARMACOLOGIA
8.1. O «efeito total da droga»
8.2. O efeito placebo
8.3. Dependência e adição à droga
8.4. Uso e abuso do álcool
8.5. O hábito de fumar
8.6. As drogas sacramentais
9. RITUAL E MANIPULAÇÃO DOS INFORTÚNIOS
9.1. O ritual
9.2. Os símbolos do ritual
9.3. Tipos de ritual
9.4. Os rituais caléndricos
9.5. Os rituais de transição social
9.6. Estados de transição social
9.7. Rituais de gravidez e de nascimento
9.8. Rituais de morte e de luto
9.9. Rituais de hospitalização
9.10. Rituais de infortúnio
9.11. Aspectos técnicos do ritual
9.12. Funções do ritual
9.12.1. As funções psicológicas
9.12.2. As funções sociais
9.12.3. As funções protectoras
10. A PSIQUIATRIA TRANSCULTURAL ATRAVÉS DAS CULTURAS
10.1. «Normalidade» versus «anormalidade»
10.2. Comparação das perturbações psicológicas
10.3. A abordagem biológica
10.4. A abordagem da rotulação social
10.5. A abordagem combinada
10.6. Influências culturais sobre o diagnóstico psiquiátrico
10.7. Padrões culturais das perturbações psicológicas
10.8. Somatização
10.9. Perturbações psicológicas delimitadas culturalmente
10.10. Tratamento cultural das perturbações psicológicas
10.11. A antropologia e a terapia familiar
10.12. Emigração e doença mental
10.13. O diagnóstico psiquiátrico transcultural
11. ASPECTOS CULTURAIS DO STRESS
11.1. A natureza do stress
11.2. A relação entre os factores stressantes e a resposta ao stress
11.3. O stress e as mudanças de vidas
11.4. Factores que influenciam a resposta ao stress
11.5. Stress «culturogénico»
11.6. Alguns exemplos
11.7. Stress e emigração
11.8. Modelos leigos de stress
12. OS FACTORES CULTURAIS NA EPIDEMIOLOGIA
12.1. A cultura e a identificação da doença
12.2. Os factores culturais na epidemiologia das doenças
12.3. Variações no tratamento e no diagnóstico médicos
12.4. Cultura e ecologia
1. INTRODUÇÃO À ANTROPOLOGIA MÉDICA
1.1. O conceito de cultura
1.2. Métodos de pesquisa em antropologia
1.3. A antropologia médica
1.4. A antropologia médica aplicada
2. DEFINIÇÕES CULTURAIS DE ANATOMIA E FISIOLOGIA
2.1. A imagem do corpo
2.2. Forma, tamanho, vestuário e a parte externa do corpo
2.3. A estrutura interna do corpo
2.4. O funcionamento do corpo
2.5. Equilíbrio e desequilíbrio
2.6. O modelo do corpo como uma «tubulação»
2.7. O organismo visto como uma máquina
2.8. O corpo durante a gravidez
2.9. Crenças sobre o sangue
3. DIETA ALIMENTAR E NUTRIÇÃO
3.1. Classificação dos alimentos
3.2. Alimento versus não-alimento
3.3. Alimento sagrado versus alimento profano
3.4. Classificações paralelas dos alimentos
3.5. O alimento usado como remédio, o remédio usado como alimento
3.6. Alimentos sociais
3.7. Cultura e má nutrição
3.8. Imigrantes e minorias étnicas: alguns problemas de nutrição
3.9. A alimentação dos bebés: uma comparação entre comunidades diferentes
3.10. Mudanças alimentares e doenças da civilização ocidental
3.11. Dieta alimentar e cancro
4. TRATAMENTO E CURA: AS ALTERNATIVAS DE ASSISTÊNCIA À SAÚDE
4.1. Aspectos culturais e sociais do pluralismo médico
4.2. As três alternativas da assistência à saúde
4.2.1. A alternativa informal
4.2.2. A alternativa popular
4.2.3. O sector profissional
4.3. O sistema médico
4.4. Uma comparação entre sistemas médicos
4.5. A profissão médica
4.6. Redes terapêuticas
4.7. Um exemplo de sistema médico
4.8. A actividade de enfermeiro
4.9. A abrangência do termo «curandeiro»
5. RELAÇÃO MÉDICO-PACIENTE
5.1. A enfermidade (disease): a perspectiva do médico
5.2. A doença (illness): a perspectiva do paciente
5.3. «Adoecer»
5.4. O modelo explicativo
5.5. Doenças populares
5.6. Metáforas das doenças
5.7. Metáforas da SIDA
5.8. Teorias leigas sobre a causalidade das doenças
5.9. O paciente
5.10. O mundo natural
5.11. O mundo social
5.12. O mundo sobrenatural
5.13. Classificação das etiologias das doenças
5.14. A consulta médico-paciente
5.15. Razões para consultar ou não um médico
5.16. A apresentação da doença
5.17. Problemas da consulta médico-paciente
5.17.1. Diferenças na definição de «paciente»
5.17.2. Interpretação errónea da «linguagem do sofrimento» utilizada pelos pacientes
5.17.3. Incompatibilidade entre os modelos explicativos
5.17.4. Enfermidade sem doença
5.17.5. Doenças sem enfermidade
5.17.6. Problemas de terminologia
5.17.7. Problemas do tratamento
5.17.8. O papel do contexto
5.18. A relação médico-paciente: estratégias para o aperfeiçoamento
5.18.1. Compreender a doença
5.18.2. Melhorar a comunicação
5.18.3. Tratar a doença e a enfermidade
5.18.4. Avaliar o papel do contexto
6. GÉNERO E REPRODUÇÃO
6.1. Género e os seus componentes
6.2. As Culturas de género
6.3. Variações entre as culturas de género
6.4. As culturas de género e o comportamento sexual
6.5. As culturas de género e o tratamento de saúde
6.6. A profissão de enfermeira
6.7. A medicalização
6.8. A mulher e a prescrição de drogas psicotrópicas
6.9. A menstruação
6.10. A menopausa
6.11. As culturas de género e a saúde
6.12. Doenças de género
6.13. Doenças do género social feminino
6.14. Reprodução e parto
6.15. A cultura do nascimento ocidental
6.16. O crescimento da obstetrícia hospitalar
6.17. As origens da cultura do nascimento ocidental
6.18. A medicalização do nascimento
6.19. Culturas do nascimento não-ocidentais
6.20. As assistentes tradicionais de parto
6.21. Fertilidade e infertilidade
6.22. Contracepção, aborto e infanticídio
6.23. Os homens e a gravidez
7. DOR E CULTURA
7.1. O comportamento de dor
7.2. A dor privada
7.3. A dor pública
7.4. A apresentação da dor pública
7.5. Aspectos sociais da dor
8. CULTURA E FARMACOLOGIA
8.1. O «efeito total da droga»
8.2. O efeito placebo
8.3. Dependência e adição à droga
8.4. Uso e abuso do álcool
8.5. O hábito de fumar
8.6. As drogas sacramentais
9. RITUAL E MANIPULAÇÃO DOS INFORTÚNIOS
9.1. O ritual
9.2. Os símbolos do ritual
9.3. Tipos de ritual
9.4. Os rituais caléndricos
9.5. Os rituais de transição social
9.6. Estados de transição social
9.7. Rituais de gravidez e de nascimento
9.8. Rituais de morte e de luto
9.9. Rituais de hospitalização
9.10. Rituais de infortúnio
9.11. Aspectos técnicos do ritual
9.12. Funções do ritual
9.12.1. As funções psicológicas
9.12.2. As funções sociais
9.12.3. As funções protectoras
10. A PSIQUIATRIA TRANSCULTURAL ATRAVÉS DAS CULTURAS
10.1. «Normalidade» versus «anormalidade»
10.2. Comparação das perturbações psicológicas
10.3. A abordagem biológica
10.4. A abordagem da rotulação social
10.5. A abordagem combinada
10.6. Influências culturais sobre o diagnóstico psiquiátrico
10.7. Padrões culturais das perturbações psicológicas
10.8. Somatização
10.9. Perturbações psicológicas delimitadas culturalmente
10.10. Tratamento cultural das perturbações psicológicas
10.11. A antropologia e a terapia familiar
10.12. Emigração e doença mental
10.13. O diagnóstico psiquiátrico transcultural
11. ASPECTOS CULTURAIS DO STRESS
11.1. A natureza do stress
11.2. A relação entre os factores stressantes e a resposta ao stress
11.3. O stress e as mudanças de vidas
11.4. Factores que influenciam a resposta ao stress
11.5. Stress «culturogénico»
11.6. Alguns exemplos
11.7. Stress e emigração
11.8. Modelos leigos de stress
12. OS FACTORES CULTURAIS NA EPIDEMIOLOGIA
12.1. A cultura e a identificação da doença
12.2. Os factores culturais na epidemiologia das doenças
12.3. Variações no tratamento e no diagnóstico médicos
12.4. Cultura e ecologia
J Francisco Saraiva de Sousa
1 comentário:
Um dos temas deste programa será objecto de estudo num futuro próximo e outros estudos estão em vias de publicação.
Qualquer um desses estudos vai tentar escapar às redundâncias tão presentes nas disciplinas de antropologia, sociologia e psicologia médicas, procurando abrir um novo campo teórico para a antropologia médica, em articulação com a filosofia médica
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