sexta-feira, 20 de julho de 2007

Cérebro Masculino e Filosofia

Esboço de uma tese sobre neuro-filosofia vista como meta-filosofia
A teoria do autismo como o extremo do cérebro masculino elaborada por Baron-Cohen (2002), herdeira da hipótese de Geschwind & Galaburda (1985), permite formular uma meta-filosofia, ou seja, uma filosofia da filosofia, com claras aplicações práticas.
A Filosofia, em sentido lato, é uma actividade masculina, mais precisamente hiper-masculina, e, por isso, é o produto de um cérebro hiper-masculino, o qual indica níveis elevados de testosterona fetal. A noção de sistema resistente à mudança é-lhe completamente inerente.
Esta origem masculina da filosofia explica por que razão não existem mulheres filosoficamente competentes, criadoras de algum sistema filosófico original. As que se destacam na filosofia parodiam algum sistema conceptual masculino, numa linguagem mais vivamente feminina, sujeita às flutuações hormonais.
Explica também o fracasso do sistema de ensino que coincide com a entrada maciça das mulheres no mercado de trabalho, nomeadamente no ensino, e com a abolição do ensino unissexual, da qual tem resultado um ultraje social que agrava a vulnerabilidade biológica dos machos, de resto não suportados nas escolas, quer como alunos, quer como professores.
Desta vulnerabilidade resulta a necessidade de prestar mais atenção aos homens do que às mulheres: uma questão de ensino (ritmos e aprendizagens diferentes), de saúde pública (maior vulnerabilidade dos homens a certas doenças e perturbações) e também de continuidade de uma civilização criada por cérebros masculinos (política do futuro).
Esta tese apenas esboçada é susceptível de testes empíricos, muitos dos quais já realizados e com resultados favoráveis.
J Francisco Saraiva de Sousa

1 comentário:

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

A única mulher que merece o nome de filósofo é Hannah Arendt, embora ela tenha dito numa entrevista não merecer uma tal designação, referindo a sua actividade como teoria política. Contudo, as suas obras póstumas revelam que ela tinha um projecto filosófico bem elaborado e digno de estar representado na história da filosofia ocidental, a única verdadeiramente filosófica, porquanto a filosofia é exclusivamente ocidental. No entanto, a sua condição feminina não interferiu com o conteúdo do seu pensamento que, na sua essência, é tipicamente masculino, exibindo uma «agressividade» que está ausente na maior parte do pensamento pós-moderno, de resto muito feminino e domesticado, avesso à masculinidade. Este efeminamento do pensamento ocidental ameaça internamento a continuidade da nossa civilização e deixa-nos desarmados perante o terrorismo islâmico. A violência do conceito é maculina e revela as suas propriedades maiêuticas e criativas, apontando sempre para novas possibilidades que podem ser efectivadas mediante a acção.