quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Sociologia Médica

SOCIOLOGIA MÉDICA
(PLANO DE ESTUDO)



1. O CAMPO DA SOCIOLOGIA MÉDICA

1.1. A convergência da sociologia e da medicina

1.1.1. A sociologia
1.1.2. A medicina

1.2. Os factores da convergência

1.2.1. A mudança da morbidade
1.2.2. O impacto da medicina preventiva e da sanidade

1.2.2.1. Epidemiologia ecológica
1.2.2.2. Causa múltipla da doença
1.2.2.3. Educação sanitária
1.2.2.4. Provimento de meios e de programas médicos adequados às comunidades
1.2.2.5. Reabilitação
1.2.2.6. Medicina do trabalho
1.2.2.7. Concepção positiva da saúde

1.2.3. O impacto da psiquiatria moderna

1.2.3.1. Mecanismos psicológicos
1.2.3.2. Etiologias sociais das doenças mentais
1.2.3.3. Natureza terapêutica da relação médico/doente
1.2.3.4. Terapêutica do meio

1.2.4. O impacto da medicina administrativa

1.3. A importância e o papel do sociólogo médico

2. A DOENÇA E O DOENTE

2.1. As medidas da doença nos grupos humanos

2.1.1. O estudo da distribuição da doença

2.1.1.1. Conceitos básicos: mortalidade, morbidade, expectativa de vida, incidência, prevalência

2.1.2. Métodos epidemiológicos
2.1.3. Inquéritos sanitários
2.1.4. Interpretação dos dados epidemiológicos

2.1.4.1. Sexo, idade e doença
2.1.4.2. Geografia e doença
2.1.4.3. Classe social e doença

2.2. Características das doenças

2.2.1. Doenças contagiosas
2.2.2. Doenças crónicas
2.2.3. Doenças mentais

2.3. A resposta à doença

2.3.1. Os conceitos de enfermidade e de doença

2.3.1.1. O conceito de enfermidade
2.3.1.2. O conceito de doença
2.3.1.3. Doença e sistema social: o papel do doente

2.3.2. Variações na resposta à doença
2.3.3. Etapas do comportamento face à doença

2.3.3.1. Etapa da experiência dos sintomas
2.3.3.2. Aceitação do papel de doente ou paciente
2.3.3.3. Contacto com a assistência médica
2.3.3.4. Papel do doente-dependente
2.3.3.5. Recuperação e reabilitação

2.3.4. As principais descobertas nestas áreas

3. A PROFISSÃO E A PRÁTICA MÉDICA

3.1. Sistemas de crenças e de práticas médicas

3.1.1. Características da medicina primitiva e da folkmedicine
3.1.2. A medicina primitiva

3.1.2.1. Exemplos etnográficos: medicina azande, medicina dobu e medicina cheiene

3.1.3. A medicina popular nas sociedades ocidentais

3.1.3.1. Exemplos etnográficos: a folkmedicine do povo camponês de Magdalena (Guatemala)

3.1.4. Cultura e comportamento perante a doença

3.2. Evolução histórica da medicina ocidental

3.2.1. A Grécia Antiga e o Império Romano
3.2.2. A medicina medieval
3.2.3. A medicina do Renascimento
3.2.4. A medicina do século XVII
3.2.5. A medicina do século XVIII
3.2.6. A medicina moderna

3.3. A profissionalização da medicina

3.3.1. Características da profissão médica
3.3.2. A organização da medicina profissional
3.3.3. O processo de socialização profissional

3.3.3.1. A evolução do ensino médico

3.3.4. O contexto institucional do ensino médico

3.3.4.1. Selecção

3.3.5. Processos sociais na Faculdade de Medicina

3.3.5.1. O ensino de pós-graduação

3.4. Outros profissionais da arte da cura

3.4.1. Osteopatia: uma profissão nos seus começos?
3.4.2. O quiroprático: um aspirante a profissional?
3.4.3. Profissionais fraudulentos: o curandeiro

4. AS INSTITUIÇÕES DE SAÚDE: O HOSPITAL

4.1. A evolução do Hospital moderno

4.1.1. Raízes pagãs e cristãs do hospital
4.1.2. Secularização e raízes da mudança: os hospitais do Renascimento
4.1.3. A medicina moderna e o hospital moderno
4.1.4. A evolução dos hospitais nos USA e em Portugal
4.1.5. O hospital moderno como centro de saúde para a comunidade
4.1.6. O crescimento da indústria hospitalar

4.2. A estrutura social do Hospital moderno

4.2.1. Algumas características do hospital como organização
4.2.2. A estrutura e o funcionamento sociais do hospital
4.2.3. A estrutura social e os modelos de assistência

4.2.3.1. O modelo de custódia
4.2.3.2. O modelo de assistência clássico
4.2.3.3. O modelo de reabilitação

4.3. O sentido da hospitalização

4.3.1. As instituições totais
4.3.2. Aspectos sociopsicológicos da hospitalização
4.3.3. Modos de adaptação à hospitalização

4.3.3.1. O ensimesmamento
4.3.3.2. A agressão
4.3.3.3. A integração
4.3.3.4. A submissão

4.3.4. Dois estudos sobre a resposta do doente à hospitalização

4.3.4.1. A adaptação à hospitalização prolongada
4.3.4.2. A adaptação à hospitalização a curto prazo

5. OS CUSTOS E A ORGANIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE SAÚDE

5.1. A contextura da organização médica

5.1.1. A organização médica

5.1.1.1. A prática privada
5.1.1.2. Organismos de higiene e saúde públicas
5.1.1.3. Organismos de saúde voluntários
5.1.1.4. Companhias de seguros de doença
5.1.1.5. A indústria do material hospitalar e médico
5.1.1.6. A indústria farmacêutica

5.1.2. A coordenação dos serviços da indústria da saúde

5.2. Os custos e o financiamento da assistência médica

5.2.1. A importância dos custos da assistência médica
5.2.2. As razões dos aumentos dos custos
5.2.3. Os seguros de doenças
5.2.4. O preço da doença
5.2.5. O aumento da qualidade e da quantidade da assistência

5.2.5.1. Um exemplo: A assistência médica na Grã-Bretanha (O Serviço Nacional de Saúde)

5.2.6. Emendas à Lei da Segurança Social de 1935 (USA)




SEMINÁRIOS


Excurso I: A Situação da Classe Trabalhadora em Inglaterra de Friedrich Engels (1845): Um clássico da Sociologia Médica

Excurso II: O Suicídio: Um estudo sociológico de Émile Durkheim (19—): Reavaliação crítica da sociologia do suicídio em função dos conhecimentos biomédicos actuais

Excurso III: Etnomedicina: Contribuição da antropologia social e cultural para a reformulação das problemáticas sociológicas da doença e seu tratamento

Excurso IV: O Interaccionismo simbólico e Medicina

Excurso V: Sociologia e Doença Mental




J Francisco Saraiva de Sousa

1 comentário:

J Francisco Saraiva de Sousa disse...

A obra de Friedrich Engels, A Situação da Classe Trabalhadora em Inglaterra (1845), nunca foi classificada como uma obra de sociologia médica e, de facto, é um dos seus clássicos.
Nessa obra, Engels lança o conceito de «doenças do trabalho» e associa essas doenças e o estado da saúde pública à revolução industrial e às condições de existência e de trabalho da classe trabalhadora inglesa, a qual diferencia internamente em função dos ramos da indústria.
É uma obra que deve ser relida a esta nova luz, portanto como um clássico da sociologia médica, inovador e repleto de informação empírica e alguns dados estatísticos.