quarta-feira, 27 de junho de 2007

Epistemologia da Internet

A Internet ainda não foi objecto de reflexão filosófica séria.
Com excepção de alguns estudos americanos, ingleses, suecos e australianos, mais centrados nos computadores e na informação, a filosofia tem permanecido distante das novas tecnologias da comunicação e do seu impacto sobre a vida social e cultural.
A Internet tem um estatuto deveras intrigante: ela é, ao mesmo tempo, objecto e meio de pesquisa. Teoria e metodologia parecem ou podem «coincidir». Apesar deste desafio teórico, lançado pela Internet, a epistemologia continua indiferente, incapaz de reagir e iniciar uma nova linha de pesquisa. Contudo, podemos avançar com a ideia desse projecto e tentar elaborá-lo sob a designação de ciberepistemologia.
JFranciscoSS

Pensamento Gordo

Será que os portugueses conseguem pensar?

Fomos treinados a pensar que todos os seres humanos são dotados da capacidade de pensar, mas, nas actuais circunstâncias de uma sociedade completamente entregue ao metabolismo, devemos problematizar essa noção.

Em vez de pensarmos a racionalidade da natureza humana, devemos começar a repensar radicalmente a sua animalidade, em termos de ser metabolicamente reduzido, dispensado do pensamento. O homem é simplesmente um animal que, se não for educado no esforço, acaba por viver a sua vida em termos estritamente metabólicos.

Uma vida metabólica não exige pensamento, como o demonstra a comédia portuguesa, bem televisível no comentário político.

Ora, se não houver um projecto político radical para Portugal, não é necessário investir na educação ou distribuir arbitrariamente diplomas, porque nada é mais ridículo e terrível do que um «animal diplomado», de resto condenado ao desemprego.

J Francisco Saraiva de Sousa

Miséria de Portugal

Não há futuro em Portugal e isto por uma razão simples: mediocridade generalizada instalada sobretudo nos centros de decisão. Pseudo-elites em todas as esferas da sociedade: politico-jurídica, económica, comunicativa e educativa. A aliada desta inteligência reduzida é a luso-inveja. E o resultado é sempre o mesmo: a reprodução da mediocridade que condena Portugal à inércia do mesmo e o isolamento daqueles que poderiam ajudar a mudar o status quo português.

Nunca houve verdadeiramente filosofia em Portugal. As faculdades de filosofia estão repletas de pessoas destituídas de conhecimentos e de competências. Quem não exibe competências vai para letras e, depois de licenciado, instalado e integrado, dedica-se a vedar o acesso. A mediocridade teme ser confrontada com a sua própria mediocridade.

Este aspecto é muito negligenciado por todos e sobretudo pelos governantes: eles não sabem que o que dá vida ao Ocidente nasceu na Grécia antiga. A filosofia distingue o Ocidente das outras civilizações. Os terroristas sabem usar a nossa ciência e a nossa tecnologia, mas não querem nada com a filosofia e a democracia. E o pior é que este horror pelo conhecimento está instalado no poder. Este é o problema...
J Francisco Saraiva de Sousa